25 de maio é uma das datas comemorativas mais importantes da Argentina, e celebra o dia quando, em 1810, foi constituído em Buenos Aires o primeiro governo pátrio, isto é, não imposto pela Espanha. O fato, conhecido como “Revolução de Maio”, inicia o processo que culminará com a declaração da independência, em 1816.

A história é a seguinte:

Até maio de 1810, a Argentina de hoje fazia parte do vice-reinado do Rio da Prata, cujo governo, baseado na cidade de Buenos Aires, era exercido por um vice-rei, que representava o rei da Espanha. Mas, entre o final de abril e maio desse ano, chegaram a Buenos Aires notícias da Espanha anunciando o triunfo de Napoleão Bonaparte naquele país e a prisão do rei Fernando VII. Diante dessa situação, jovens portenhos educados em universidades espanholas e americanas, impregnados de ideias revolucionárias e pró-independência, exigiram a realização de um "cabildo aberto". O que era isso?

Os cabildos eram a mais alta instituição de governo em cada cidade colonial espanhola. E em maio de 1810, nas portas do cabildo de Buenos Aires, os vizinhos mais destacados -comerciantes, advogados, militares, padres- começaram a se reunir para discutir o caminho a seguir, dado que o rei espanhol estava preso. E na semana entre 18 e 25 de maio, ocorreram reuniões e duros debates entre aqueles que defendiam a continuidade da autoridade espanhola, isto é, do vice-rei, e aqueles que argumentavam que o poder deveria passar para o povo.

Após dias de grande agitação, o vice-rei finalmente renunciou e a formação - em 25 de maio de 1810- do Primeiro Governo pátrio, integrado por crioulos, foi proclamada.

A partir daquele ano e daquele governo, começaram as guerras com a Espanha. E a independência foi finalmente declarada em 9 de julho de 1816, embora as guerras tenham continuado por mais alguns anos.

Texto & Tradução: Julieta Galván