O presidente argentino Alberto Fernández realiza uma turnê por alguns países europeus e ontem, quarta-feira (11/05), ele se reuniu com o chefe do governo da Alemanha, Olaf Scholz.
Ambos os governantes coincidiram em condenar a "agressão" militar da Rússia contra a Ucrânia e consideraram que as consequências desta guerra que está ocorrendo no Leste Europeu têm impacto no aumento dos preços internacionais de alimentos e energia em todo o mundo.
"É bom saber que a Argentina é um parceiro confiável para a Alemanha. Ambos coincidimos em condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia. Celebro a decisão do presidente de ficar do lado das vítimas", afirmou o chanceler alemão em comunicado conjunto, destacando o recente acordo atingido pelo governo argentino com o FMI.
Por sua vez, o presidente argentino afirmou que: "as consequências da guerra têm repercussões em todo o mundo e particularmente na América Latina e em outros países em desenvolvimento. Os preços dos alimentos aumentaram, assim como os preços da energia. Isso não é um problema apenas da Rússia e da OTAN, mas afeta o mundo inteiro. Um cessar-fogo é necessário e deve ser alcançado em um âmbito de discussão."
"O importante é avançar nos acordos entre a Europa e o Mercosul. Temos que começar por alcançar acordos culturais e científicos para não ficarmos na questão do protecionismo. Temos que aprofundar nossos laços", disse Fernández. O presidente argentino e sua comitiva chegaram hoje a Berlim depois de passar pela Espanha, onde se reuniram com o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, e com o rei Felipe VI de Borbón.
Por último, Fernández ratificou que a Argentina quer se juntar ao grupo dos Brics (que inclui Brasil, Rússia, China, África do Sul e Índia) e ressaltou que "a América Latina é um continente de paz", e defendeu uma solução pacífica para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
Hoje cedo, o presidente argentino chegou à França, onde se entrevistará, sexta-feira, com Emmanuel Macron.