O presidente do Banco Central (BCRA), Miguel Pesce, confirmou que as reservas cambiais “são suficientes” neste momento, negou que seja necessária uma desvalorização e sustentou que a situação da balança cambial começará a melhorar no próximo mês de agosto quando “as importações de energia começarem a ceder”.
“As reservas são suficientes. Em todos os segundos semestres aparecem com a história de que não temos reservas para gerar inquietações e manobras especulativas. Sempre as superamos e desta vez vamos superá-las também”, garantiu Pesce.
Do mesmo modo, lembrou que a entidade monetária “cumpriu os objetivos que tinham sido propostos para a acumulação de reservas no primeiro semestre do ano”, ao mesmo tempo em que descartou a aplicação de “receitas recessivas” ou uma “desvalorização repentina”.
“Temos um futuro garantido. A Argentina exportou US$ 78 bilhões no ano passado e neste ano estimamos que serão exportados US$ 90 bilhões, e isso significa que uma das restrições que a economia tinha desde os anos 1950, que é o setor externo, apresenta um perfil muito positivo”, explicou.
Neste contexto, Pesce assegurou que a situação das importações de energia “será superada no longo prazo” com base no “perfil de autossuficiência e exportação” de Vaca Muerta, enquanto que, no curto prazo, “em agosto, quando as importações começarem a ceder, também melhorará nossa balança cambial”.