A vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada nesta terça-feira (6) a seis anos de prisão e foi inabilitada a exercer cargos públicos pelo judiciário por "administração fraudulenta". O Tribunal Oral Federal nº 2 também condenou a diferentes penas de prisão outros envolvidos no processo conhecido como "Caso Vialidad".
Militantes peronistas denunciam uma campanha conjunta do judiciário e da imprensa contra Cristina. A vice-presidenta também comparou recentemente o processo com um "pelotão de fuzilamento".
Cristina pode recorrer da decisão na Câmara Federal de Cassação Penal e, em última instância, à Corte Suprema. Além disso, a vice-presidenta pode candidatar-se no ano que vem, dado que a resolução do caso teria de ser firmada pela Corte Suprema em, no mínimo, um ano para que seja barrada do pleito. Contudo, ontem a ex presidenta argentina já antecipou que não será candidata em 2023. Ela também não deve ser presa já que tem imunidade garantida por seu cargo.
Em pronunciamento nas redes sociais após a divulgação da sentença, Cristina afirmou que o caso não se trata de "lawfare", o uso do judiciário contra adversários políticos, mas sim de "máfia e Estado paralelo".