Argentina investiga rede ilegal RAE ARGENTINA AO MUNDO

Milhares de mulheres russas grávidas

A Polícia Federal argentina investiga uma possível rede ilegal que cobra até 35 mil dólares de russas que queiram dar à luz na Argentina.Em apenas três meses, mais de 5.800 mulheres russas com mais de 30 semanas de gravidez entraram na Argentina para dar à luz no país, segundo informações do governo argentino.

No período de um ano, o número chega a 10.500. As autoridades argentinas acreditam que elas estejam tentando obter a nacionalidade argentina para seus filhos em meio à guerra na Ucrânia.

 

 

 

 

 

 

 

"A quantidade realmente é muito grande a cada dia", comentou a diretora nacional de migração, Florencia Carignano. Ela acrescentou que, na semana passada, num único voo da Ethiopian Airlines, estavam 33 cidadãs russas grávidas de mais de 30 semanas.

"Não temos nenhum problema com pessoas de qualquer nacionalidade que queiram vir morar na Argentina, que queiram criar os seus filhos aqui, que queiram investir na Argentina. O problema é que essas pessoas vêm, saem com o passaporte e não voltam", disse Carignano.

Qualquer pessoa nascida em solo argentino recebe imediatamente a cidadania, e ter um filho argentino acelera o processo de cidadania para os pais.

A Argentina não exige visto para entrada de cidadãos russos. Além disso, o passaporte argentino dá acesso a 171 países sem visto e permite a obtenção de um visto de dez anos para os Estados Unidos.

Segundo Carignano, 7 mil das russas que entraram para dar à luz não estão mais na Argentina. "Todas vêm justamente na semana 33", observou.