A Praça de Maio, palco histórico da luta pelos direitos humanos na Argentina, em Buenos Aires, recebeu na sexta-feira (24) milhares de pessoas para comemorar mais um Dia da Memória, Verdade e Justiça.
A data remonta ao 24 de março de 1976, quando um golpe de Estado de lideranças militares, civis e religiosas instalou a última e mais sangrenta ditadura militar no país, que deixou como saldo 30 mil desaparecidos.
A Argentina é referência na luta pelos direitos humanos no mundo, com 1.115 responsáveis pelos crimes contra a humanidade julgados e condenados.
O ato desta sexta acontece no ano em que se comemoram os 40 anos de redemocratização da Argentina, e também é o primeiro Dia da Memória sem Hebe de Bonafini, uma das primeiras mães que começaram a marcha em volta da Praça de Maio em busca dos seus familiares desaparecidos. Hebe era presidenta da Associação das Mães da Praça de Maio e faleceu em dezembro do ano passado.
"A luta argentina em defesa dos direitos humanos se transforma a partir dessas mães e avós", afirmou o Secretário de Direitos Humanos da Argentina, Horacio Pietragalla, durante o 3º Fórum Mundial de Direitos Humanos que aconteceu semana passada.