Nas últimas semanas, a Argentina sofre com os incêndios florestais que tomaram conta do delta do rio Paraná. O tempo quente e seco favorece as chamas, que se expandem de maneira rápida e criaram uma nuvem densa de fumaça que até alcançou a capital do país, Buenos Aires, sexta-feira da semana passada.
Os incêndios nas margens argentinas do Paraná não são incomuns, pelo contrário. A cada seis meses, em janeiro e agosto, os produtores de gado avançam sobre novos territórios, incendiando a vegetação para criar pasto. Nos últimos anos, esses episódios ganharam mais força por causa das condições climáticas mais secas, com chuvas escassas e o nível do rio, mais baixo. Assim, os terrenos pantanosos da região do delta do Paraná estão se transformando em desertos e a fumaça dos incêndios alcança grandes centros urbanos, como as cidades de Rosario e Buenos Aires.
O presidente argentino, Alberto Fernández, dispôs várias medidas, anunciadas durante o fim de semana passado, como a participação das Forças Armadas nas tarefas de combate ao fogo.