Assembleia Geral da ONU RAE ARGENTINA AO MUNDO

Presidente argentino adverte sobre aumento do discurso de ódio

O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, falou perante a Assembleia Geral das Nações Unidas e alertou para o aumento do extremismo e do discurso do ódio. Neste contexto, apelou à rejeição destas posições, que, disse, "corroem as sociedades e a democracia". O presidente agradeceu ao mundo pelas suas expressões de solidariedade após a tentativa de assassinato da Vice-Presidente CFK no dia 1 de Setembro em Buenos Aires.

Esse ataque, disse Fernández, "não só afetou a tranquilidade pública" mas "também procurou alterar uma construção coletiva virtuosa que no próximo ano terá quatro décadas de existência". O Chefe de Estado referia-se à recuperação da democracia na Argentina em 1983, após sete anos de ditadura militar. No seu discurso de 15 minutos, o Presidente advertiu também que "a violência fascista está disfarçada de republicanismo".

"Não aceitemos esta situação com resignação", exortou o líder argentino, "vamos gerar uma rejeição global enérgica daqueles que promovem a divisão nas nossas comunidades". Fernández afirmou também a soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas e renovou o seu apelo ao Reino Unido para que retome as negociações, em conformidade com as resoluções da ONU.Pediu também ao Irão que cooperasse com o sistema judicial argentino para lançar luz sobre o atentado à AMIA em 1994, que deixou 85 pessoas mortas.Alberto Fernández também apelou à paz e ao fim do conflito iniciado com a invasão russa da Ucrânia.