O governo nacional "está atento à investigação judicial" que está sendo realizada sobre o ataque sofrido na quinta-feira passada pela vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner na porta de sua casa, no bairro da Recoleta, na cidade de Buenos Aires, afirmou a porta-voz da Presidência, Gabriela Cerruti.
"O Governo está atento à investigação. Lemos atentamente a acusação que foi feita e continuamos a investigação", disse a porta-voz, na sua entrevista coletiva semanal na Casa do Governo, na qual afirmou: "Passou-se uma semana do ataque contra a vice-presidente que sem dúvida mudou muita coisa, entre elas a agenda do governo".
Cerruti indicou que a tentativa de assassinato contra a vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner cometido na quinta-feira passada nos obriga a repensar "o pacto democrático, ratificá-lo e aprofundá-lo" e, nesse sentido, destacou os esforços que estão sendo feitos pelo Poder Executivo e o Legislativo para isso, em diálogo com outros setores, entre eles com a oposição.
Também considerou que é "grave" que a chefe do partido PRO, Patricia Bullrich, "ainda não tenha se manifestado, e não tenha repudiado" o ataque como fez "a grande maioria dos líderes políticos e sociais" da oposição.
Por último, Cerruti retomou as palavras do presidente Alberto Fernández em seu discurso na terça-feira perante a Câmara Argentina da Construção e afirmou que os cidadãos indiciados pelo atentado “decidiram agir fora da democracia, não apenas fora dos limites da lei”.
Ontem (11/09), o sistema judicial incluiu um vídeo no processo do caso do ataque contra a vice-presidente Cristina Kirchner, no qual o indiciado Fernando Sabag Montiel é visto manipulando uma arma com a qual ele simula um tiro no vazio, o que para os investigadores mostra que ele sabia como usar a arma com a qual ele perpetrou o ataque.